O estilo barroco desenvolveu-se plenamente no Brasil durante o século XVIII, perdurando ainda no início do século XIX. O barroco brasileiro é claramente associado à religião católica. É principalmente a Portugal que se liga o barroco brasileiro, seja ele o do norte, seja o de Minas Gerais. Este último apresenta afinidades notáveis com a arte de Braga e do Porto. De início transplantado, o barroco mineiro acabou por se impor à metrópole, com soluções próprias mesmo no que toca aos elementos estruturais. Quando os jesuítas chegaram ao Brasil, reduzia-se esta a vastos campos de catequese e vagas capitanias hereditárias, razão por que não se pode aplicar o epíteto de contra reformista à arte religiosa brasileira. Entretanto, seria Minas Gerais o berço da mais forte e mais bela expressão de uma arte barroca genuinamente brasileira. Um mais alto poder aquisitivo – proporcionado pelo ouro, cuja exploração acabaria por destruir a rigidez social, colocando juntos, na mesma atividade mineratória, senhores e escravos – e uma aguda sensibilidade artística foram os principais fatores que animaram a produção de arte em Minas Gerais, propiciando o aparecimento de figuras exponenciais como o Aleijadinho, Manuel da Costa Ataíde, Bernardo Pires, João Batista Figueiredo, o guarda-mor José Soares de Araújo e tantos outros.
Os dois focos principais do barroco litorâneo são o que se liga ao ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Bahia) e o que inclui Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. O barroco litorâneo do Nordeste reflete uma sensibilidade mais próxima à da aristocracia rural, uma certa exuberância e pomposidade. São as igrejas comentadas por Gilberto Freire e Luís Saia; São as varandas, para uso dos escravos; e os retratos nas casas grandes e santas casas, praticamente inexistentes em Minas Gerais, onde o barroco era mais ligado a uma ideologia burguesa. Ouro Preto, em função da atividade mineratória, transformou-se no primeiro centro urbano do Brasil. Apesar de sua importância, boa parte da arquitetura e das obras de arte barrocas do Brasil, ainda estão em mau estado de conservação e exigem restauro urgente e outras medidas conservadoras, verificando-se frequentemente perdas ou degradação de exemplares valiosíssimos em todas as modalidades artísticas; O país ainda tem muito a fazer para preservar parte tão importante de sua história, tradição e cultura. Por outro lado, parece crescer a conscientização da população em geral sobre a necessidade de proteger um patrimônio que é de todos e que pode reverter em benefício de todos, até econômico, se bem manejado e conservado. Museus nacionais a cada dia se esforçam por aprimorar suas técnicas e procedimentos, a bibliografia se avoluma, o governo têm investido bastante nesta área e até mesmo o bom mercado que a arte barroca nacional sempre encontra ajuda na sua valorização como peças merecedoras de atenção e cuidado, forças atuantes que oferecem perspectivas promissoras para sua sobrevivência para as gerações futuras.
Grupo: Anna Carolinne, Bruna Gabrielle, Larissa Beatriz, Maria Alice, Mariana Conceição
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